A pandemia de coronavírus trouxe mudanças impactantes em vários aspectos da nossa vida, principalmente para alguns empreendedores que se surpreenderam com seus negócios em alta em meio à crise.
Embora este seja um período incerto e seja difícil prever o grau de impacto na economia, alguns segmentos de mercado apresentam desempenho notável e apontam mudanças de longo prazo e novas tendências.
Conheça os negócios que estão em alta por causa da pandemia de acordo com o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Continue a leitura e confira.
Conforme mostra uma pesquisa da Ebit/Nielsen, o faturamento de lojas online no Brasil aumentou 47% no primeiro semestre de 2020. Esse número representa o maior índice em 20 anos.
O levantamento aponta ainda que 7,3 milhões de brasileiros fizeram compras pela primeira vez na internet durante a pandemia. Não é à toa que o número de lojas virtuais cresceu 40% em meio à crise.
Por causa das medidas de restrição impostas pelo governo para conter o avanço da COVID-19, muitos estabelecimentos tiveram que reduzir a capacidade de atendimento e o horário de funcionamento, alguns até mesmo fecharam suas portas.
Isso fez com que os empreendedores tivessem que se reinventar e buscar alternativas para manter o faturamento, sendo o delivery a estratégia encontrada por muitos.
Segundo a pesquisa da Ebit/Nielsen, 72% dos entrevistados relataram que começaram a usar ou estão usando mais os aplicativos de entrega, sendo o principal motivo não precisar sair de casa.
O setor farmacêutico é, sem dúvidas, um dos negócios em alta que mais sofreram impactos. Isso aconteceu porque a população começou a buscar meios para melhorar o sistema imunológico.
Além disso, a procura por higienizantes e equipamentos de proteção individual como máscaras e luvas aumentou abruptamente, inclusive, diversas vezes o setor não teve capacidade para atender tamanha demanda.
Conforme evidência o levantamento da Ebit/Nielsen, esse segmento teve melhora de 42% no faturamento.
Dentre os negócios em alta, os supermercados foram um dos mais impactados positivamente pela pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor cresceu 3,47% no primeiro semestre de 2020.
Logo no início da pandemia as prateleiras dos supermercados ficaram vazias. Isso porque a população ficou com medo de faltar produtos de necessidade básica e começaram a fazer grandes estoques em casa.
Por fim, essa alta se manteve porque as pessoas passaram a se alimentar mais em casa, isso devido ao fechamento de escolas e crescente número de empresas que adotaram o home office. Além disso, muitas organizações removeram benefícios desnecessários como o vale transporte e aumentaram o valor do ticket alimentação.
A produção de marmitas para vender foi a alternativa encontrada por muitas pessoas que perderam o emprego durante a crise do COVID-19.
Com muitos restaurantes fechados, quem não quer cozinhar acabou encontrando como solução as marmitas congeladas, fazendo com que a procura por esse tipo de produto aumentasse consideravelmente.
Por causa desse negócio em alta o consumo de embalagens plásticas também teve um grande aumento.
Com as medidas de isolamento social as pessoas passaram a preparar os próprios drinks em casa. De acordo com a pesquisa de comportamento ‘ConVid’ quase 18% da população relatou aumento no número de bebidas alcoólicas durante a pandemia.
As academias foram um dos segmentos impactados negativamente pela crise de coronavírus, por outro lado os exercícios em casa se tornaram um dos negócios em alta.
Pessoas que buscam se manter saudável apostaram em aulas online nas mais diversas modalidades, como yoga, dança e até treinos funcionais.
A procura por itens e equipamentos para exercícios como colchonetes, cordas, halteres e anilhas também aumentou drasticamente. Segundo informações da Netshoes, alguns itens tiveram aumento de incríveis 2.500%, como é o caso dos elásticos e faixas.
De acordo com o levantamento da Ebit/Nielsen, o setor de informática cresceu 101% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse índice é devido ao aumento do home office nas empresas e migração das aulas presenciais para virtuais. Por isso, acredita-se que com a normalização da crise de coronavírus a procura por itens de informática deva estabilizar.
As principais características dos mercados que ficaram em alta na pandemia são a presença virtual e o bom relacionamento com o cliente.
As plataformas online tornaram-se o principal meio de contato com os clientes. Além de processar as vendas, a demonstração do valor do negócio também é feita por esses canais.
Depois da pandemia, essa presença digital deve ser fortalecida a cada dia, pois é uma excelente ferramenta para fidelizar e atrair novos clientes.
Outro ponto essencial é a resiliência. De acordo com o Dicionário Michaelis o termo significa: “Capacidade de rápida adaptação ou recuperação”. Já a definição segundo o Dicio é: “Tendência natural para se recuperar ou superar com facilidade os problemas que aparecem”.
Outras características comuns aos negócios em alta são a flexibilidade e a adaptação, sendo estas de extrema importância para superar a crise.
Estima-se que as compras online devam continuar em alta, assim como o delivery. Isso porque a população pôde conhecer e aproveitar as vantagens e conveniência desse modo de consumo, além de muitas vezes ser uma alternativa mais econômica.
Além disso, o segmento de supermercados já aposta no uso de aplicativos de entrega para o pós-pandemia.
Para os clientes desse setor as compras online significam otimização do tempo, tendo em vista que é mais rápido e fácil procurar itens na loja virtual. Também representa economia, pois não há necessidade de deslocamentos. Além disso ao comprar online é mais fácil de resistir à tentação das promoções e comprar somente o que de fato é necessário.
Ainda, aposta-se que algumas modalidades de exercícios online se tornem o ‘novo normal’, principalmente para o público que tem vergonha de frequentar a academia ou se sente desconfortável. Além disso, o investimento na prática de atividades físicas virtuais é menor se comparado ao presencial, já que custos como aluguel são eliminados.
Assim como em qualquer situação de crise nos negócios, existe um lado que perde e outro que obtém vantagens. Como pudemos ver, são vários os setores que foram impulsionados pela pandemia, gerando várias oportunidades para empreender.
Por fim, nesse momento de instabilidade e incertezas, a única certeza que temos é que a presença digital é um fator decisivo para o sucesso de um negócio nos tempos atuais. Diante disso, saiba quais os 10 setores que mais crescem no Brasil.
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