O poder da má influência dentro de uma equipe.
Ao contratar um funcionário inadequado, muitos gestores pagam um preço alto. Não são somente os custos com treinamentos extras, os quais muitas vezes nem surtirão efeito, nem os valores de uma possível rescisão, por exemplo. Um colaborador com má influência pode contaminar toda a equipe, trazendo prejuízos e dores de cabeça para a empresa.
Um estudo dos professores William C. Gerken, da University of Kentucky (EUA) e Stephen Dimmockm, da Nanyang Technological University (Cingapura) , mostrou que a má conduta de um funcionário exerce uma espécie de contágio a seus colegas.
Os professores chegaram à conclusão que é muito mais fácil um colaborador desonesto fazer com que outros tenham a mesma atitude do que um bom comportamento oferecer algum tipo de influência. O problema dá para imaginar, não é mesmo? A partir de um mau comportamento, outros se desencadeiam e, com isso, as consequências podem ser ampliadas para toda uma equipe.
Um exemplo foi o do grupo escolhido para a pesquisa. Os professores acompanharam consultores financeiros e, a partir do levantamento de informações sobre algumas situações, descobriram que os consultores que encontram um colega com má conduta são 37% mais propensos a cometerem o mesmo tipo de ação.
Para começar, é necessário analisar as atitudes do funcionário e o seu histórico. Pois, como dissemos, basta uma pessoa com má influência para afetar a produtividade de toda uma equipe.
Nesse caso, os gestores devem estar atentos a esse tipo de perfil e controlá-lo. Mas como saber quem, de fato, é o responsável pela falta de boa conduta? Veja duas dicas interessantes:
Um bom sinalizador da contaminação por má influência está na mudança de comportamento de algum funcionário. Caso o gestor ou supervisor estejam acostumados a um tipo de perfil e, de repente, esse mudar sem motivos aparentes, pode desconfiar de onde vem a raiz do problema.
E, se na sequência, perceberem que o colaborador está mais próximo de um funcionário de conduta suspeita e a mesma situação voltar a acontecer dentro da empresa, o fato estará comprovado.
Por outro lado, aqueles que não são influenciáveis (ou ainda não o são), como funcionários novos que preferem não se arriscar, irão se distanciar, deixando ainda mais claro de onde vem a má influência.
Normalmente, a má influência acontece entre funcionários que passam mais tempo juntos. A convivência acaba trazendo mais liberdade e o período de trabalho pode ser o momento em que toda uma equipe está sendo contaminada.
Nesse caso, o gestor deve ir até o “foco” do problema e começar a analisar o comportamento dos funcionários, se algo mudou para pior e se há novas características parecidas.
Lembrando que é mais fácil que os colaboradores de cargos menores, os quais convivem mais em equipe, estejam sofrendo uma má influência, do que os gerentes, por exemplo, que não ficam próximos tanto tempo.
Primeiramente, o gestor deve buscar um diálogo franco para que o funcionário saiba exatamente o que está acontecendo. Ou seja, é melhor abrir o jogo e dar um ultimato, de forma com que ele mude ou tome outros caminhos.
Além disso, é interessante deixar claro quais são os valores e condutas esperadas pela empresa de todos os funcionários, de forma com que, se no futuro uma má influência surgir, eles tenham compreensão que aquela atitude não é assertiva e será coibida.
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Acredito que um líder bem capacitado e relacionado consiga identificar essa característica, que sem sombra de dúvidas, prejudica o ambiente corporativo. Claro que ninguém quer ter pessoas de má índole dentro da empresa, mas é algo que acontece e precisamos estar preparados.