Gerenciamento de Risco: Por Que Sua Empresa Precisa de Uma Estratégia?
Os brasileiros fazem memes de si mesmos na internet com a brincadeira de que “precisamos ser estudados pela NASA”, afinal, damos um jeito criativo para solucionar qualquer problema. Mas quando se trata de gerenciamento de risco o famoso jeitinho brasileiro não deve ser uma opção, pois as vezes ele não dá certo!
O sucesso empresarial não acontece na base do improviso. É preciso planejar, prevenir e implantar. Saiba mais a seguir.
O que é gerenciamento de risco?
Os riscos são os eventos que podem acontecer e prejudicar uma empresa. De acordo com o dicionário Oxford Languages, eles são definidos como a probabilidade de insucesso de determinado empreendimento, em função de um acontecimento eventual, incerto, cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados.
Quando agimos preventivamente para identificar, avaliar, neutralizar ou corrigir um episódio prejudicial, estamos fazendo o gerenciamento de risco.
Qual o objetivo de uma estratégia de gerenciamento de risco?
De forma geral o gerenciamento de risco visa reduzir ou neutralizar eventos que possam impactar negativamente a empresa e maximizar as oportunidades de negócio.
Benefícios do gerenciamento de riscos para as empresas
O gerenciamento de riscos possibilita atuar com maior agilidade e eficácia perante um evento prejudicial. Sendo assim, é possível encontrar as melhores soluções para cada tipo de risco e otimizar o capital com base na estratégia planejada.
Isso tudo faz com que os danos operacionais causados pelo acontecimento sejam minimizados. Além disso, um gerenciamento bem executado permite identificar oportunidades capazes de aumentar a lucratividade da empresa.
Quais são os tipos de riscos mais comuns às empresas?
Os riscos podem variar de acordo com o tipo de negócio, seu porte e segmento. Apesar das variáveis, alguns eventos indesejados são comuns à maioria das empresas:
- Riscos fiscais: Obrigações legais relacionadas às declarações e impostos.
- Riscos operacionais: Falhas em processos internos ou externos, erros de sistemas ou pessoas.
- Riscos estratégicos: Riscos com potencial prejudicial aos objetivos estratégicos da organização.
- Riscos financeiros: Eventos que impactem negativamente na saúde financeira da empresa.
- Riscos cibernéticos: Estão relacionados com a segurança dos dados e informações empresariais.
- Riscos no ambiente de trabalho: Eventos que possam colocar em risco a segurança e saúde dos colaboradores. Eles podem ser classificados em físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes.
Ainda, a Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos feita pela Aon (2019) lista os 15 principais riscos globais:
- Desaceleração econômica/recuperação lenta.
- Dano à reputação/marca.
- Rapidez das mudanças em fatores de mercado.
- Interrupção de negócios.
- Aumento da concorrência.
- Ataques cibernéticos/violação de dados.
- Risco de preço de commodities.
- Risco de fluxo de caixa/liquidez.
- Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente.
- Mudanças regulatórias/legislativas.
- Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos.
- Falha na cadeia de distribuição ou fornecimento.
- Disponibilidade de capital/risco de crédito.
- Tecnologias disruptivas.
- Risco político/incertezas políticas.
Quais as principais partes de um gerenciamento de risco?
Há 6 etapas principais que direcionam um gerenciamento de riscos eficaz e com maiores chances de sucesso, são elas: Identificar e classificar, avaliar, mensurar, tratar, monitorar e divulgar.
Saiba como aplicar cada uma delas na sua empresa a seguir.
Passos essenciais para implantar uma estratégia de gerenciamento de risco
Agora que você já sabe os pontos principais sobre o gerenciamento de risco, confira quais são os passos essenciais para implantar essa estratégia com sucesso na sua empresa:
Identificar e classificar os riscos:
Não tem como gerenciar aquilo que você não conhece. Portanto, o seu primeiro passo deve ser identificar quais são os possíveis riscos para a sua organização. Eles podem ser classificados como internos e externos.
Os internos dizem respeito aos processos administrados e executados pela empresa, tais como falhas humanas e máquinas e equipamentos com defeitos, por exemplo.
Já os externos são aqueles que não estão sob o controle da empresa. Podemos citar as ações feitas pela concorrência, desastres ambientais e as crises de saúde (como a pandemia do COVID-19).
Avalie os riscos:
A próxima etapa consiste em determinar o tamanho do estrago que os eventos identificados podem causar e a probabilidade de ocorrência.
Quanto maior for o impacto e as chances de acontecer, maior atenção deve ser conferida ao evento.
Mensuração:
Essa etapa do gerenciamento de risco consiste em classificá-los de acordo com os dados coletados anteriormente.
Veja alguns exemplos:
Probabilidade de ocorrência
-Raríssimo -Raro -Eventual -Frequente -Muito Frequente
Nível de danos
-Danos muito baixos -Danos baixos -Danos médios -Danos altos -Danos graves
Também é preciso classificar o que significa cada item.
Suponhamos que um evento raríssimo seja aquele que pode acontecer uma vez por ano. E os danos baixos para a empresa aqueles que causam até 500 reais de despesa.
Tratamento de riscos
Essa é a hora de decidir o que fazer com os riscos que você identificou. A principal escolha é evitar o risco sempre que possível, mas também é possível reter, reduzir, transferir ou explorá-lo. Veja com mais detalhes abaixo:
- Evitar: Mudar o planejamento ou criar estratégias para eliminar o risco. Por exemplo: Não fazer negócio com um fornecedor com má-reputação é uma maneira de evitar riscos.
- Reter: Imagine que a diretoria decidiu não renovar a frota de veículos, mesmo sabendo que a quilometragem deles estão altas e as despesas de manutenção estão cada vez mais elevadas.
- Reduzir o risco: Agora pense que a internet da empresa passa por períodos de instabilidade todos os dias, prejudicando a produtividade da equipe. Sendo assim, o gestor decide reduzir esse risco solicitando uma manutenção ou contratando um novo provedor com maior estabilidade.
- Transferir: Suponha que uma empresa terceiriza os seus funcionários. Dessa forma, os riscos envolvidos são de responsabilidade da contratada. Sendo assim, se um profissional faltar, é dever da terceirizada substituí-lo.
- Explorar o risco: Nesse caso, o risco gera uma oportunidade que pode ser explorada para o desenvolvimento do negócio.
Monitoramento dos riscos
O gerenciamento de risco não acaba após a etapa de tratamento. É preciso monitorar constantemente o surgimento de novos eventos, bem como acompanhar os já tratados.
Divulgação
Outro passo importante na gestão de riscos é a comunicação. Todos devem estar cientes das suas responsabilidades para evitar que os eventos ocorram e quais serão as suas funções caso venham de fato a acontecer.
E aí, está preparado para fazer o gerenciamento de risco na sua empresa? Se quiser deixar de lado o “jeitinho brasileiro’ e gerir com mais profissionalismo o seu negócio, conte com a nossa ajuda!
Além disso, para uma gestão de risco eficiente é necessário planejamento para saber lidar com as situações de risco e até mesmo evitá-las. Para saber mais sobre como fazer um planejamento empresarial eficiente: clique aqui.